Luís Lopes

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Reinventar o Turismo

Reinventar o Turismo , é o mote generalizado do sector que atravessa uma grave crise, onde um sem número de empresas aguardam por dias melhores ( pelo menos as que não fecharam actividade). Um resultado fruto da Pandemia , provocada pelo Covid-Sars2 , vulgo Covid19 .

A pandemia filtrou os agentes económicos e a sua capacidade de sustentação, alavancou o desenvolvimento de parcerias para um futuro que se espera próximo, refinou os serviços que futuramente vão prestar aos consumidores de uma forma provavelmente mais personalizada, única , exclusiva.

Filtrou os agentes económicos, porque mesmo em tempos de vacas gordas era notório que alguns operadores cresceram baseados em empréstimos bancários ou fundos comunitários. Estes investimentos, não tinham sustentação de vendas (real) e consecutivamente margem de negócio. Tinham a esperança de vendas futuras que acabaram por não acontecer com a questão da pandemia, através de projecções bonitas no papel, mas pouco realistas.

Reinventar o Turismo
Photo by Toa Heftiba

Alavancar o desenvolvimento de parcerias win-win, que infelizmente em Portugal temos ainda uma boa percentagem de acções denominadas de parcerias, que mais não são do que boas intenções entre entidades e pessoas envolvidas, também sem repercussão para as duas partes.

No entanto, é possível desenvolver parcerias benéficas em matéria de vendas e margem, com o respeito mútuo das partes e o desenvolvimento e implementação de estratégias focadas em vendas. Tendencialmente a estratégia é definida em conjunto ou no mínimo a troca de informação das ações que cada entidade irá desenvolver , sem canibalizar a outra parte, mas em que ambos são vencedores.

Reinventar o turismo através de parcerias

Podemos talvez definir duas tipologias de parcerias, por um lado associação de serviços para criação de um serviço único em termos de oferta ao consumidor, por outro lado desenvolvimento de um serviço exclusivo para o parceiro comercial / distribuidor da experiência .

Criação de Serviços.

Quando dois agentes económicos unem esforços no sentido de ambos terem o benefício pós atração de consumidores. Um pequeno exemplo : Tuk Away e empresas de veleiros . Se por um lado esta PME desenvolve actividades turísticas de passeios de tuk tuk por Lisboa, com a vertente green incutida na comercialização dos serviços ( utiliza desde sempre tuk tuk elétricos ), por outro lado as empresas parceiras de veleiros apresentam o melhor de Lisboa utilizando o Rio Tejo e proporcionando uma abordagem a Lisboa para além do citadino.

Para quem visita Lisboa, através do passeio dos tuk tuk elétricos a visita a alguns pontos de Lisboa por via terrestre é uma realidade. A escolha perfeita para quem tem poucos dias de visita à capital Portuguesa ou a escolha ideal para o início de um período superior, permitindo a seleção dos locais a visitar com mais tempo. Opção válida, nas perspectivas de planeamento total da visita ou decisão ao momento, por parte do turista e do seu grupo.

Criação de Valor na distribuição de serviços

Criação de valor entre quem distribui o serviço e quem produz o serviço propriamente dito no terreno. Se por um lado a responsabilidade de comercialização de serviços únicos, customizados para um nicho de cliente por parte da entidade que comercializa, em parceria com um agente do sector que presta efetivamente o serviço, tendo em consideração os requisitos / pontos definidos entre as partes.

Fulcral também o ciclo de pagamentos entre as entidades, que requer o espaço temporal o mais curto possível, independentemente dos ciclos de cada empresa de facturação. A tesouraria adquire importância acrescida entre os parceiros, face à decomposição de custos entre os intervenientes.

O prestador de serviços com frequência recorre a pequenos negócios locais pagos a pronto ( na inexistência de acordos prévios), pelo que o impacto entre a entidade que comercializa o serviço tem maior importância ( uma agência de viagens por exemplo ou empresas como a Living Tours, presente em Lisboa, Porto e Madrid ). Na totalidade dos casos o turista / viajante , paga antecipadamente as férias, pelo que o prazo pode ser efectivamente curto, mais concretamente pós realização do serviço, ficando todas as partes num patamar de satisfação nesta matéria.

O que significa efectivamente reinventar o turismo …

Reinventar o turismo, para além dos serviços prestados seja pela melhoria dos mesmos, seja por inovação dos novos serviços, qualidade elevada prestada ao cliente , passa também ( e sobretudo) pela melhoria dos processos dentro da própria empresa e entre empresas, fruto das parcerias geradas neste período avassalador.

Novos posicionamentos podem passar também pela abordagem de novos mercados. Porquê? Porque o desconfinamento ( à data deste artigo, Fevereiro 2021), irá ter impactos diferentes em cada País, especialmente nos mercados mais comuns e atractivos para o turismo Português. 

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